21.12.05
20.12.05
O’Neill
Amigo
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa
Alexandre O’Neill, in No Reino da Dinamarca15.12.05
9.12.05
2.12.05
26.11.05
20.11.05
triunfo de George Orwell
16.11.05
"Uma Carta para Ronaldo"
15.11.05
10.11.05
6.11.05
ter o aprendiz no sol (Duchamp, 1914)
31.10.05
22.10.05
fragmentos
(...) "Os sentidos são para os animais o que as folhas e flores são para as plantas. As flores são alegorias da consciência ou da cabeça. Uma suprema propagação é o objectivo desta superior floração, uma conservação superior. Nos seres Humanos isso é o orgão da imortalidade, de uma propagação progressiva da personalidade(...)
in Fragmentos de Novalis ed Assirio & Alvim 1992
15.10.05
9 Outubro 1978
Hoje ouvi o " Les Marquises" o seu último disco de 1977.
É um eterno retorno ás paixões aos sonhos aos silêncios..
"Je vous souhaite des rêves à n'en plus finiret l'envie furieuse d'en realizer quelques-uns.Je vous souhaite d'aimer ce qu'il faut aimeret d'oublier ce qu'il faut oublier.Je vous souhaite des passions.Je vous souhaite des silences.Je vous souhaite des chants d'oiseau au réveilet des rires d'enfants.Je vous souhaite de résister à l'enlisement,à l'indifference,aux vertus négatives de notre époque.Je vous souhaite d'être vous."Jacques Brel.
11.10.05
A leitura
9.10.05
Fernando Távora
4.10.05
Cravos no S.Luis
«Quero convidar o público a seguir as suas sensações pessoais, a sua intuição»
Pina Bausch e o seu Tanztheater Wuppertal encantaram o Teatro São Luiz com «Nelken» (Cravos), uma reapresentação de uma peça com mais de 20 anos, acompanhada por música que vai desde George Gershwin a Louis Armstrong. 
Obrigado Rui Esteves!
22.9.05
Mãos Dadas
Mãos Dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.Também não cantarei o mundo futuro.Estou preso à vida e olho meus companheiros.Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.Entre eles, considero a enorme realidade.O presente é tão grande, não nos afastemos.Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,a vida presente.
Carlos Drummond de Andrade
trabalho_08
19.9.05
trabalho_07
18.9.05
trabalho_06
Frame do Genérico "Conversas de Mário Soares" RTP 1 (1999)
Na RTP 1 (1999) - Série de programas de entrevistas a personalidades marcantes da política internacional (Dalai Lama, Kofi Annan, Jacques Delors, Butros Ghali, Henry Kissinger etc.)
depois de uma tarde bem passada a filmar o Dr.Mário Soares, o trabalho foi finalizado num Hal paintbox (Quantel)
17.9.05
livreiro & antiquário
trabalho_05
- Adobe photoshop
 - Adobe after effcts
 - Quantel Hal
 
trabalho_03
- Adobe Photoshop
 - Macromedia Freehand
 - Quantel Hal
 
15.9.05
trabalho_02
imagem do genérico Opus ensemble 1996
com captação de imagem, foi criado e executado num "Hal Quantel"
'Esboços de Câmara sobre Temas Tradicionais Portugueses', um trabalho encomendado pela RTP.
Fundado em Agosto de 1980 por Bruno Pizzamiglio, Ana Bela Chaves, Olga Prats e Alejandro Erlich-Oliva.
Após o falecimento de Bruno Pizzamiglio em Agosto de 1997, os seus colegas do Opus Ensemble decidiram continuar a actividade artística do conjunto adoptando a formação instrumental de violeta, contrabaixo e piano.
14.9.05
trabalho_ 01
imagem do genérico da série "Mar das Índias" RTP 2 2000 
foi criado e executado num "Hal Quantel"
Realizado por Camilo Azevedo com textos e apresentação de Miguel Portas.
Mar das Índias recebeu o mais prestigiado prémio da crítica em Portugal. Diferentemente de trabalhos no género, ele não percorria os lugares que assinalavam a presença portuguesa neste oceano, mas as culturas com que os portugueses contactaram.
8.9.05
Ensemble JER os Plásticos de Lisboa no CCB
Espetáculo a vêr.
ENSEMBLE JER OS PLÁSTICOS DE LISBOA
Dia 12 de Setembro, Segunda-Feira
às 19h  Bar Terraço
"(...)O Ensemble JER é um grupo de artistas-músicos especialmente formado para interpretar um reportório para instrumentos de plástico (toy instruments).
Fundado e dirigido por José Eduardo Rocha (JER), desde a sua fundação em 1990, o Ensemble JER – que tem uma formação variável e actua com artistas convidados. Festejando o seu 15.º aniversário, o grupo apresenta-se numa nova formação em trio ou em quarteto, com programas constituídos por peças de Mozart, Beethoven, Satie, Strauss, Ravel, Bartok, Stravinsky, Freitas Branco, Croner de Vasconcellos, Braga Santos, Cage, Reich e JER.(...) 31.8.05
PAMPAM
30.8.05
Música em Stravinsky
..."A música é o único domínio em que o homem realiza o presente. Por imperfeição da sua natureza, o ser humano está destinado a sofrer o ser do tempo - das suas categorias de passado e de futuro - sem nunca poder tornar real, logo estável, a do presente.
O fenómeno da música foi-nos dado com o único fim de instituir uma ordem nas coisas, incluindo - e principalmente - uma ordem entre o homem e o tempo. Para ser realizado, exige, pois, necessariamente e unicamente, uma construção. Efectuada a construção, atingida a ordem, tudo está dito. Seria vão procurar nela ou esperar dela outra coisa. É precisamente essa construção, essa ordem atingida que produz em nós uma emoção de um carácter absolutamente particular, que nada tem em comum com as nossas sensações correntes e as nossas reacções resultantes de impressões da vida quotidiana. Não é possível precisar melhor a sensação produzida pela música do que identificando-a com a que provoca em nós a contemplação do jogo das formas arquitectónicas. Goethe compreendia-o bem ao dizer que a arquitectura é uma música petrificada."
Stravinsky, Chroniques de ma vie, Paris, Denoël, 1935, 2000, pp.69-71
29.8.05
25 anos pelo teatro
desenho baseado na capa original de Otelo Azinhais Nov.1965 da peça a promessa.
Cena IV " A Promessa"
(somente as três velhas, em cena. 
Nasce o sol: luz vermelha incidindo sobre a porta cerrada de maria do Mar.
Sempre, até ao fim do acto, o alarido do povo.)
1ª velha-(com os punhos dirigidos para a casa de Maria do Mar) que te beba o mar ruim, maldita! 2ª velha-Que te abracem mil polvos, perdida! 3ª velha-Que te cegue o sal marinho, matadora!
1ª velha-Esta própria noite...
3ª velha-Quando bater meia-noite...
1ª velha- (indicando a porta) Ali, deixarei um sapo grande...
2ª velha-Grande, com ervas daninhas...
3ª velha-Bem cheio o ventre aberto!
1ª velha-Três vezes hei-de furar...
2ª velha-Os olhos do gato preto...
3ª velha-Preto e vivo!
1ª velha-Com o sangue menstrual...
2ª velha- Pela primeira vez florido...
3ª velha-Em útero virgem...
1ª velha-Faremos naquela porta...
2ª e 3ª velha-(Benzendo-se, lentamente.) O sinal da cruz.
25.8.05
Felicidade
J O L Y
Vi-o em 1985 no Chiado, num dia de Inverno.
Ontem ouvi as Versões Sinfónicas sobre uma canção popular do Alentejo - Sinfonia nº4, Joly Braga Santos - Orquestra Sinfónica Nacional da Irlanda, dirigida por Álvaro Cassuto.
Deixo mais uma memória.
Joly Braga Santos (1924-1988)
Foi bolseiro em Itália, para musicologia, composição musical e direcção de orquestra. Estudou com Virgílio Mortari, Gioachino Pasqualini, Alceo Galliera e Hermann Scherchen, cujo Curso Internacional de Regência frequentou com Luigi Nono e Bruno Maderna.
Em Portugal, Joly tornou–se uma figura de destaque na direcção de orquestra e durante um longo período de tempo deixou de lado a composição. Refere–se a essa fase como um período "sabático
Em 1965, criou, a Quinta Sinfonia. Esta obra foi o seu último trabalho puramente orquestral, pois a Sexta Sinfonia foi composta para coro e soprano.
A música de Joly Braga Santos pode ser vista principalmente como uma fusão dos vários estilos Europeus, particularmente da Europa Ocidental. Mas é o próprio quem diz: «Desde sempre entendi que tinha de criar o meu próprio estilo e a minha música devia ser o resultado dessa criação.» A melodia era para ele a razão de ser da música.
Joly Braga Santos pertenceu ao Gabinete de Estudos Musicais da Emissora Nacional, foi Director da Orquestra Sinfónica do Porto, Maestro Assistente e de Captação da Orquestra Sinfónica da RDP, professor de Composição do Conservatório Nacional de Lisboa, crítico e articulista, entre outros do Diário de Notícias, e fundou ainda a Juventude Musical Portuguesa.
João de Freitas Branco, salientou a generosidade cultural do maior sinfonista português. «Ele é o inverso do artista que se dirige apenas a minorias privilegiadas. Ele queria que muitas pessoas viessem a usufruir da sua arte.» Comunicar para ele era essencial, contribuindo para isso o seu espírito aberto. Pai de uma família muito unida, adorava as suas filhas, a quem chamava as suas «maravilhas pequeninas»
Foi eleito pela UNESCO como um dos 10 melhores compositores da música contemporânea de então, Joly Braga Santos disse de si próprio, parafraseando Stravinsky, «Não me considero compositor, mas sim inventor de música.»
Morreu em Lisboa, em 1988.
QUANDO ELAS DESPERTAM
24.8.05
23.8.05
O traço inadiável
..."Com os alunos mostro-lhes vários exemplos, como o meu caderno que trago sempre comigo, e mostro-lhes com a maior simplicidade. Eles tanto podem desenhar este automóvel que está à nossa frente, como aqueles três caixotes do lixo, como podem fazer uma variante sobre aquele lettering ali, ou o grafitti, etc. O Diário gráfico é um registo do quotidiano que nós pretendemos tornar mais forte e que possam influenciar os outros. Devem “correr de mão em mão”. Deve ser um incentivo ao espírito de camaradagem e ao espírito de geração. Penso que isto também é fundamental e que se pode desenvolver através destes registos inadiáveis que se chamam Diários Gráficos". Lagoa Henriques in diário gráfico
12.8.05
(02) Diário de Bordo férias 2005
"SE PEDISSEM a Frida Kahlo e a Diego Rivera para pintar o seu ideal de diva para o México actual, se convidassem Salvador Dalí para dar uns palpites, o resultado não seria tão espectacular como é Astrid."
in FMM site.
Para encontrar Astrid na net carregar no título (02)
nt 2005
10.8.05
(01) Diário de Bordo férias 2005
Diário de Bordo férias 2005
29.07.05>
Todos os anos no final do mes de Julho, o festival "FMM músicas do mundo" em Sines é uma referência no panorama dos festivais de Verão; não só pela qualidade dos músicos convidados, como pelo seu carácter "democrático" com os "telões vídeo" espalhados pelo centro da cidade, para poder assistir aos concertos.
Este ano fervoroso "habitue" do festival lá fui eu, desta vez com um aliciante:
Hermeto Pascoal.
Antes do espetáculo à noite na capela Capela da Misericórdia tive a rara oportunidade de assistir e participar numa conversa com o Multi-instrumentista e compositor, Hermeto.
Foi um a hora memorável.
aqui ficam algumas fotografias:

































