25.8.05

Felicidade

" Obter a felicidade de si próprio, de um bom dia de trabalho, da aberta que ele pôde trazer ao nevoeiro que nos cerca. Pensar em todos aqueles que triunfaram, lembramdo-se das dificuldades dos seus começos e gritando com convicção: "Era no bom tempo." Pois para a maioria; Triunfo = Prisão. E o artista nunca deve ser prisoneiro: Prisoneiro? Um artista não deve nunca ser: prisoneiro de si próprio, prisoneiro de uma maneira, prisoneiro de uma reputação, prisoneiro de um sucesso, etc. ... " Diz-se que os artistas japoneses da grande época mudavam de nome várias vezes na vida. Gosto disto; queriam salvaguardar as suas liberdades. Écrits et Propos sur l'Art Matisse

3 comentários:

  1. Há uma prisão que deve servir o artista: a da dúvida. A permanente dúvida, o seu caracter desiquilibrante, é, parece-me, uma mais valia. Mas cabe ao artista também, a procura da solução. Que será, ao longo de todo o percurso criativo, uma solução provisória, sob pena de estagnação.

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  2. Sem duvida. o artista não deve ser prisioneiro. Mas mais dificil do que não ser prisioneiro de uma maneira, de uma reputação, de um sucesso, é conseguir não ser prisioneiro de si proprio. É uma luta diaria e por vezes ingrata. No entanto, lutamos na esperança de, um dia destes, podermos sentir a liberdade bater-nos na cara, correr-nos nas veias.

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  3. Finalmente!!!
    Li este post no dia em que entrou... desde aí, tenho andado aflita com trabalho e sem tempo para procurar uma coisa que me surgiu de imediato, assim que li aqui.
    Finalmente, hoje!
    encontrei, é de Vergílio Ferreira, diz assim:
    “Saber o que nos falta é já faltar-nos menos.
    O segredo de um artista parece estar aí.
    Porque saber o que lhe falta é alargar até aí de certo modo as suas possibilidades. Mas o problema maior não é esse. O problema maior é incorporar isso, que falta, ao seu modo de ser.”

    É este o equilíbrio mais difícil, não é? nunca parar e conseguir permanecer...

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