21.5.10

Maio 21, 2010

Sem outro intuito Atirávamos pedras à água para o silêncio vir à tona. O mundo, que os sentidos tonificam, surgia-nos então todo enterrado na nossa própria carne, envolto por vezes em ferozes transparências que as pedras acirravam sem outro intuito além do de extraírem às águas o silêncio que as unia.

Luís Miguel Nava
Vulcão I
Poesia Completa 1979-1994

ilustração- John Aldridge

Sem comentários:

Enviar um comentário