28.5.10
27.5.10
Maio 27, 2010
25.5.10
Maio 25, 2010
24.5.10
22.5.10
Maio 22, 2010
Encontro
Felicidade, agarrei-te
Como um cão, pelo cachaço!
E, contigo, em mar de azeite
Afoguei-me, passo a passo...
Dei à minha alma a preguiça
Que o meu corpo não tivera.
E foi, assim, que, submissa,
Vi chegar a Primavera...
Quem a colher que a arrecade
(Há, nela, um segredo lento...)
Ó frágil felicidade!
— Palavra que leva o vento,
E, depois, como se a ideia
De, nos dedos, a ter tido
Bastasse, por fim, larguei-a,
Sem ficar arrependido...
Pedro Homem de Mello, in "Eu Hei-de Voltar um Dia"
21.5.10
Maio 21, 2010
Sem outro intuito
Atirávamos pedras
à água para o silêncio vir à tona.
O mundo, que os sentidos tonificam,
surgia-nos então todo enterrado
na nossa própria carne, envolto
por vezes em ferozes transparências
que as pedras acirravam
sem outro intuito além do de extraírem
às águas o silêncio que as unia.
Luís Miguel Nava
Vulcão I
Poesia Completa 1979-1994
Luís Miguel Nava
Vulcão I
Poesia Completa 1979-1994
ilustração- John Aldridge
20.5.10
Maio 19, 2010
"Cá chegado, ei-lo a retomar, metamorfoseado ou não, o seu propósito de se convencer da vida - da sua, claro - para de novo ser, com toda a plenitude, o convencido da vida que, afinal... sempre foi."
Alexandre O'Neill,
in "Uma Coisa em Forma de Assim"
Alexandre O'Neill,
in "Uma Coisa em Forma de Assim"
ilustração- Correspondências de René Magritte ao poeta Paul Colinet
Subscrever:
Mensagens (Atom)