31.10.05

J.C.

J.C. nasceu em Lisboa em 1963, foi para os E.U.A em 1989, actualmente vive em N.Y.

22.10.05

memórias

A sensação de viajar com tempo e no tempo. Viseu 1970...

fragmentos

(...) "Os sentidos são para os animais o que as folhas e flores são para as plantas. As flores são alegorias da consciência ou da cabeça. Uma suprema propagação é o objectivo desta superior floração, uma conservação superior. Nos seres Humanos isso é o orgão da imortalidade, de uma propagação progressiva da personalidade(...) in Fragmentos de Novalis ed Assirio & Alvim 1992

15.10.05

9 Outubro 1978

Hoje ouvi o " Les Marquises" o seu último disco de 1977. É um eterno retorno ás paixões aos sonhos aos silêncios.. "Je vous souhaite des rêves à n'en plus finiret l'envie furieuse d'en realizer quelques-uns.Je vous souhaite d'aimer ce qu'il faut aimeret d'oublier ce qu'il faut oublier.Je vous souhaite des passions.Je vous souhaite des silences.Je vous souhaite des chants d'oiseau au réveilet des rires d'enfants.Je vous souhaite de résister à l'enlisement,à l'indifference,aux vertus négatives de notre époque.Je vous souhaite d'être vous."Jacques Brel.

11.10.05

A leitura

Minha pupila liberta Quem da página é cativo: O branco, da margem certa E da palavra, o negro vivo. Ibn' Ammãr in "o meu coração é árabe" a poesia Luso-árabe Adalberto Alves

9.10.05

Fernando Távora

Depoimento para uma aula na Escola Superior de Belas-Artes do Porto em 21 de Maio de 1980 Fernando Távora Eu sei, eu sei sim, eu sei. Sei-o agora e já há muito tempo o sabia. Sim, sei, sei isso. Mas eu sei isso e também sei o contrário. E é tão difícil saber isso e saber o contrário. Aceitar isso e não desprezar o contrário. Sim, eu sei eu sei que a Terra terá cinco mil milhões de anos eu sei que a Vida terá mil milhões de anos eu sei que a “pequena” distância da Terra à Lua anda aproximadamente pelos 400.000 kilómetros. Eu sei, sim eu sei eu sei eu sei que tenho apenas 56 anos de idade, 1,65m de alto e um passo de 70 centímetros. Sim eu sei, eu sei mas sei também que a praia ficará diferente se eu lhe roubar um grão de areia eu sei que o mar não será o mesmo se eu lhe chorar uma lágrima eu sei que o Universo se altera quando respiro ou mesmo quando penso. Sei, eu sei, eu sei que venho de longe e vou para longe sei que não estou apenas aqui mas em muito lado, sei que não vivo “apenas” o tempo que vivo. Sei que o infinitamente grande é tão infinito como o infinitamente pequeno. E sei e sei mais e muito mais. Sei que não sou excepção. Sei que sou como todos os homens os que nasceram e morreram os que hão-de nascer para morrer. Eu sei que entre mim e os outros há uma eterna e indissolúvel união. E que os outros precisam de mim, tanto quanto eu deles necessito. E sei que é este saber-mo-nos infinitamente grandes por sermos infinitamente pequenos que constitui a paixão da Vida. Eu sei, sim eu sei. E é sobre esta Vida de paixão que tem sido a minha que vou falar. Com ironia, com tristeza, por vezes com rancor, mas sempre, sempre com paixão. Há uns anos pensei um pensamento para gravar numa porta que ofereci, simbolicamente, para a casa de uns amigos. Esse pensamento pensava simplesmente: faz de cada momento uma Vida. Ofereci a porta mas não gravei o pensamento. Gravei-o na memória e procuro praticá-lo no quotidiano. E é essa paixão pela Vida que quero apaixonadamente transmitir. Porque não vive quem não mergulha permanente e apaixonadamente na paixão da Vida. Eu sei, sim eu sei. Eu sei.

4.10.05

Cravos no S.Luis

«Quero convidar o público a seguir as suas sensações pessoais, a sua intuição» Pina Bausch e o seu Tanztheater Wuppertal encantaram o Teatro São Luiz com «Nelken» (Cravos), uma reapresentação de uma peça com mais de 20 anos, acompanhada por música que vai desde George Gershwin a Louis Armstrong. Obrigado Rui Esteves!